quinta-feira, 3 de julho de 2008

“O Poeta se Inspira”


“O Poeta se Inspira”
O poeta chora com o coração, lava a alma
pela melancolia, pela tristeza que a vida impõe,
pelas juras de amor, pelo tédio ou por suas alegrias,
o poeta se inspira no dia-a-dia da vida, expõe
sentimentos no papel com seu tinteiro, deixa escorrer
pelos dedos palavras que inflamam, faz poesia na forma
infinita buscando versos, rimas perfeitas que cantam
na forma de poesia, descreve um pouco dos desejos, dores,
sofrimentos, sonhos, fragilidades, alegrias, desenhando
em sua tela a poesia em essência, liberta nas asas
para alçar vôo, viva lançada ao vento, percorrendo
mundos, inebriando corações oprimidos, apaixonados,
ou sendo repudiada, odiada, compreendida apenas pelos
sentimentos finos, despidos de dogmas, apresentando
profunda sabedoria, o poeta se desprende da ilusão,
do sonho passageiro, se enche de amor, representando o
deus do amor, pois sabe que o amor jamais irá envelhecer!
(Graciela da Cunha e Marta Peres)
02/07/08

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A(r)mar-se


A(r)mar-se
Se com tuas armas me feres
Eu desabo em meio às flechas
Não revido calo minha dor
Viro-te as costas e nome do amor.
Mas caso deixe armadilhas
Entre flores e poesias
Me rendo e sou abatida
Pelo amor sempre sou vencida
Sou mais forte na batalha
A fera que defende o seu filhote
Não temo nem a morte...
Porém perco minhas forças
Viro uma gata macia
Quando uma mão me acaricia
E navega em meus desejos
Que invade minhas entranhas
Me tirando a razão
fazendo-me viajar pela emoção.
(Bernadete Moscareli / Graciela da Cunha)
02/07/08

sexta-feira, 27 de junho de 2008

“Poeta pede alforria”



“Poeta pede alforria”
Era final de tarde a brisa do entardecer
Balançava docemente as laranjeiras em flor
Era hora de esperar a linda noite aparecer
Trazendo o luar cintilante e a estrela do amor
O sol caindo no poente avisava aos pássaros
E aos animais silvestres que era hora de se recolher
O dia se despedia, o sol se recolhia e a lua aparecia
E o manto da noite caia trazendo os dons da poesia
No antigo relógio de parede eu ouvia as badaladas
O som retumbante e imponente espalhava pela casa
Penetrando por cada ambiente o dever solene avisar
Que as atividades do dia estavam prestes a terminar
E assim eu retratei um fim de tarde nesta poesia
Homenageando a noite e despedindo-me do dia
Recebendo mil fluidos, permaneço em sintonia
Rabiscando em um papel, poeta pede alforria...
(Graciela da Cunha e Jane Rossi)
27/06/08

quinta-feira, 26 de junho de 2008

“As Pandorgas”


“As Pandorgas”
Os meninos soltam pandorgas ao vento
Com papel de seda e linha para orientar
A pandorga é solta ao céu azul
Ao abrir as asas parecem cavalos alados
Aos meninos propícia um momento mágico
Ao empinar a pandorga se sentem livres
Pelos movimentos das suas rabiolas
Os meninos sonham em lá estar
Os meninos voam com os pés no chão
Com eles vão suas fantasias e sonhos
Suas pipas planando no ar é emoção
A alegria estampada nos rostos risonhos
As pandorgas, pipas ou papagaios
Que a cada manhã enfeitam o céu
Parecem nos seus vaivens com os raios
Que cortam os ares fazendo escarcéu
(Graciela da Cunha e Neneca Barbosa)
26/06/08

quarta-feira, 25 de junho de 2008

“Poesias e Sonhos”


“Poesias e Sonhos”
A poesia catalisa os sonhos
Os sonhos estimulam a inspiração
A essência é escrever poesias
Pois sonhar é a grande solução
Em cada poesia escrita
Tem a singeleza do ato de sonhar
Pode parecer clichê
Mas é o que sinto ao escrever
Sonhos e poesias tem poderes
De nos libertar da ditadura do silêncio
Através dos sonhos somos capazes
De neutralizar o canto imaginário da razão
Por meio da poesia, dos sonhos e da razão
Tornamos-nos capazes da humanização
As intempéries que a vida
Por vez nos propícia
O escrever poesias sobre a forma de vida
É a forma de reinventar nosso próprio futuro
A poesia é momento de sublimação
E sonhos que se catalisam
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 24/06/08