quinta-feira, 6 de agosto de 2009
POETISA
POETISA
Minha cisma direta,
minha dor mais pertinaz,
aquela da infância
de não sentir-me amada.
Sou poeta, crio metáforas,
busco na escuridão
e na solidão do meu vácuo
os versos e as rimas.
No emaranhados de livros
o meu lado poeta busca nos abismos
os versos e as rimas indomáveis.
Cheguei a minha estrada final:
Preferi trocar o estado de depressão
pela poesia que me arrebatou
como mulher- bicho e mulher- poetisa.
Dentro desta mistura bizarra
que somente é parida pela dor
ou o êxtase consumado.
(Graciela da Cunha)
28/01/09
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Graciela da Cunha