domingo, 30 de agosto de 2009

SOL


SOL

O sol foi embora
sem tempo
para demorado adeus.
(Graciela da Cunha)

CÉU


CÉU

Céu dividido
coração partido.
(Graciela da Cunha)

CHIMARRÃO


CHIMARRÃO

Pela manhã, bem cedinho, o gaúcho
vai direto ao fogão para esquentar a água
que tem que “chiar”. Água fervida gaúcho não usa!
Com a cuia enxaguada e bomba na mão...
É o princípio do chimarrão macanudo,

chimarrão encilhada com erva verde;
bebida que o gaúcho toma em grupo.
É no amargo que os indivíduos se igualam
seguindo sempre a Declaração Universal da Cuia.

Todos são iguais perante a roda, tendo que esperar a sua vez
e nunca pode esquecer do ronco final para depois passar adiante.
É sempre bom lembrar Luiz Fernando Veríssimo que
atribuiu ao gaúcho a invenção da garrafa térmica.

A roda de chimarrão é momento de descontração.
O primeiro a beber é quem prepara o Chimarrão.
O princípio da roda de chimarrão segue pela direita do cevador.
Receber a cuia com a mão direita é certo, é esplendor.
O gaúcho tem por tradição tomar chimarrão,
então vamos lá:
matear ...
chimarrear ...
tomar chimarrão...
e que tal um mate?! ...
(Graciela da Cunha)

ESPÍRITO FARRAPO


ESPÍRITO FARRAPO

A cada ano que passa sinto renascer na aurora o Guerreiro Bravo com botas garrão de potro,esporas reluzentes,cortando o vento minuano com sua lança e espada farpa.

Meus antepassados evocam o brilho e o pensamento de um taura como um bravo maragato, ao lado do seu principal líder - Bento Gonçalves - aclamado herói gaúcho
que não se deixava fracassar. Lutava por uma pátria para defender a morada dos intrusos.

Mulheres descobriram a dor, a solidão e o amor. Viveram todas as angústias de uma guerra. Esperavam seus homens no viver da amargura e do abandono.
As alegrias eram momentâneas e faziam o impossível,com luta, para manter seus ideais.

No meio de tantos que lutaram no campo de batalha, lá estavam Davi Canabaro, Afonso Corte Real, Antônio de Souza Neto e Onofre Pires.
O italiano Giuseppe Garibaldi destacou-se com sua fibra, junto com sua mulher Anita Garibaldi, entre outros.

O lenço vermelho dignifica este gaúcho símbolo de luta.
O Lenço do Maragato... Que ora vê seu velho bisavô com bravura defendendo esta terra chamada Rio Grande, onde os novos veem brotar o mais puro sentimento de um bravo adormecido vento.

O fogo de chão onde a chaleira chia e segura a cuia. O mate afoga as mágoas do coração e trazem à minha lembrança, onde aquecia a alma. Ao pé do fogo de chão, como se no ventre carregasse um novo guerreiro, guapo como meu pai, que sempre defendeu este torrão pampiano como se fosse o jardim de sua morada.

E neste 20 de setembro comemora-se o Dia do Gaúcho.

Não se pode afirmar que houve vencidos ou vencedores, mas os Farrapos conseguiram deixar patriotismo e coragem como exemplos para a história de um povo que sempre buscou seus ideais.
(Rene Oliveira e Graciela da Cunha)

QUERO


QUERO

Quero...
Um jardim forrado de tulipas roxas,
com árvores tão altas, que alcancem o céu.

Quero...
Sentar-me por um instante naquele banco,
na beira do lago sereno.

Quero...
Ficar em silêncio absoluto
deixando meus pensamentos
bailar em todas as cores.

Quero...
nos meus riscos poéticos
transportar minhas tristezas,
alegrias, amores e desamores.

Quero...
Somente eu e o caminho sem fim
encontrar a estrada a ser seguida.
(Paty Padilha e Graciela da Cunha)

ABRAÇO


ABRAÇO

Quero ter teu abraço
enlaçado junto a mim,
entregando-te, meu desejo
confundindo o teu corpo com o meu.

No entrelace da vida e da paixão
amamo-nos com sofreguidão
e somos um só de corpo e alma
fluindo o êxtase mágico com murmúrios.

Mãos que acariciam deixando-me
como uma ave aflita e meu corpo
transformando em desejos ardentes,
sentindo teu corpo quente de suas mãos.

Tuas carícias vão me envolvendo
na madrugada sem tempo
e nem hora para estarmos juntos;
sempre com poesias, versos e prosas.
(Graciela da Cunha)

TÃO POUCO


TÃO POUCO

Tão pouco me importo.
Tão pouco te vejo.
Tão pouco te escuto.
Tão pouco te enxergo.

Tão pouco é muito.
Tão pouco é possível ser muito.
Tão pouco não é amor.
Tão pouco não é amizade.

Tão pouco não é ético.
Tão pouco não é nada.
Tão pouco é forte para falar.
Tão pouco é triste de sentir.

Tão pouco é dor.
Tão pouco é desamor.
Tão pouco é escuridão.
Tão pouco é o silêncio.

Silêncio para tão pouco
daqueles que acham
tão pouco das palavras
escritas com a emoção
e o coração de uma poetisa.
(Graciela da Cunha)

ESTRADA


ESTRADA

Aquela estrada solitária
Com suas pedras
árvores e pássaros
era somente minha.

As rosas amarelas,
o silêncio da manhã,
o final da tarde,
a brisa noturna

continuavam na estrada
com minha solidão
ao meu lado, como
companheira contínua.

O vento chegou do sul
e aquela solidão a levou
para longe, carregou
terminando com a maldita.

O meu caminho
ficou a florir
com pétalas de
rosas amarelas
espalhadas pelo chão
Trazendo paz ao meu coração.
(Graciela da Cunha)

TRISTEZA


TRISTEZA

Não sei de onde vem esta tristeza.
Ela chega e não bate a porta,
simplesmente se apossa.
Não a quero mais por perto!

Calo-me entre um poema e outro.
Hoje não tive como calar-me,
necessito escrever para desabafar.
Ela bateu forte e como precisei

do teu abraço carinhoso,
mas você se foi e me deixou.
Minha alma esta ferida pela dor
da solidão e da tristeza sem fim.

Meus poemas já não fazem sentido
e chego a pensar:
será que não terei
o direito de amar
E ser amada?
(Graciela da Cunha)

TURBILHÃO


TURBILHÃO

O amor é como um turbilhão.
Chega como um mar de chamas
na ânsia de dar e receber.
Cresce a vontade e os desejos

pelo amor escolhido e esperado.
O coração palpita de emoção
querendo um devorar o outro.
Carícias chegam a ser poesias.

Renascem as novas esperanças,
sentem um arrepio e um frio na barriga
aconchegados com o amor à flor da pele.
O amor chegou para ficar e não ter fim,

aconteceu sem ter motivos ou razão,
jura de amor se fez e palavras
foram ditas com alma e coração.
Abraçados ... entregam-se ao amor.
(Graciela da Cunha)

SAUDADE


SAUDADE

Essa recordação quase apagada
daria um manuscrito secular
Em pergaminho que as traças corroeram,
o tempo escureceu e as letras -

como o passar dos anos - foram apagadas
até restarem sinais quase ilegíveis,
mas capaz de despertar uma vaga
nostalgia e uma atração indefinível,

como se uma voz sutil murmurasse
ao coração palavras de saudade,
fazendo entrever por trás

do que se pode ler
algo misterioso
de momentos já sentidos.
(Graciela da Cunha)

sábado, 29 de agosto de 2009

AGRADECER...


AGRADECER...

Saber agradecer
é sinônimo de uma boa educação
e de alguém com boas maneiras.
Hoje em dia ninguém agradece nada!
Que tal neste Natal iniciarmos
A ter boa educação
e agradecer ao Nosso Senhor
todos os presentes que Ele nos ofertou?!
Agradecê-los as gentilezas e os mimos
com que recebemos dos nossos amigos.
Aproveito para agradecer
a Ele todas as bênçãos que recebi
E aos amigos, agradeço por toda
atenção, amizade e compreensão
que tiveram comigo durante todo o ano de 2009.
E vamos continuar em 2010... 2011....
Sempre AGRADECENDO!
(Graciela da Cunha)

NOITE FELIZ NA QUERÊNCIA


NOITE FELIZ NA QUERÊNCIA

Um presépio pelego
e a bandeira do estado
do Rio Grande hasteada.
Dezembro é o mês do Natal!

Comemoramos o nascimento
Do nosso Peão Rei: Jesus Cristo.
Mestre luzeiro que vem trazendo
paz e esperança como
nossos campos verdejantes.

Numa estrebaria encantada de Belém
nosso Peão Rei nasceu
para iluminar o mundo.
Filho da Virgem e do Carpinteiro
(Maria e José).

Nasceu imagem e semelhança
de seu Pai, que nos ofertou
seu Filho para a remissão
dos nossos erros e pecados
E acabou morrendo
por sacrifício na cruz
para nos salvar.

O Natal dos Pampas Gaúcho
Não se resume a ceia,
a presépio e presentes.

Comemoramos o aniversário
Do Peão Rei: Jesus Cristo.
Feliz Aniversário
e parabéns a ELE!
(Graciela da Cunha)

INACREDITÁVEL..


INACREDITÁVEL..

Perguntaram quem eu era
de uma forma bem hostil.
Estou aqui para responder:
Sou Fada Azul e muito gentil
Moro no reino encantado
junto com várias Fadinhas,
amiguinhas de todas as cores;
algumas bem engraçadinhas.
Sou muito conhecida por aqui.
Tem gente que finge que não sabe,
porém a situação é bem curiosa.
Parece coisa de animosidade,
mesmo assim vou me apresentar:
Graciela da Cunha mulher amada.
Agora não tem como errar,
mesmo para as desinformadas.
Não quero ninguém fantasma
nesta minha vida encantada.
Sei o nome de cada Fadinha,
agora não as identifico.
Vou deletar sem querer saber
de histórias da carochinha.
Temos poetisas o suficiente
Para contar nossas historinhas.
(Graciela da Cunha)

ESPERA


ESPERA

As flores do meu jardim
tocadas pelo vento brando
Despetalaram-se de leve.
Fico a pensar nos meus anseios.
Igual acontece às rosas
que desfalecem de ternura
ao impacto dos meus
pensamentos que circulam
nos refolhos do coração.

Quando procuro exteriorizar
minha ternura por ti,
guardo a impressão
de que vens da natureza
atendo todos os meus
anseios. Se é amanhã,
Parece que chegas
nos raios fulgentes do sol que banha.
Se for noite, desce
das constelações para ouvir-me.

Sinto o relógio em meus passos
contando o tempo e as horas,
mas a pulsação dos segundos
no campo dos minutos

é para mim o sinal que
Estou caminhando ao teu
encontro para integração
de nós dois na alegria
sem fim...
(Graciela da Cunha)

NOSSO AMOR


NOSSO AMOR

Nosso amor é de pele e do cheiro que vivemos.
Nosso amor é da cor negra ou branca que vivemos.
Nosso amor é de dia ou da noite que vivemos.
Nosso amor não se importa com o que falam ou digam.

Nosso amor, se for racismo ou fanatismo, é assim.
Nosso amor é de trem ou avião. Ele é assim.
Nosso amor pode ser de jornal ou revista. É assim.
Nosso amor pouco não se importa com economia ou política.

Nosso amor tornou-se importante para nós.
Nosso amor é o ar que necessitamos para respirar.
Nosso amor é a luz da nossa pele unida.
Nosso amor não é de sonhos, é realidade!

Nosso amor tem ternura com aroma de jasmim.
Nosso amor tem medida certa, tem início e não tem fim.
Nosso amor ecoará nas nuvens e por todo infinito.
Nosso amor fará o mundo mais belo e mais bonito.
(Rene de Oliveira e Graciela da Cunha)

MEU AMIGO


MEU AMIGO

A tua ausência
machuca o coração.
É dolorida, fico caída,
presa na melancolia.
Curvo-me sem saída

Diante da saudade sem anistia.
Sinto sua falta em minha vida.
Não vou deixar escapar
nossa amizade tão bem vivida.

Quero o meu amigo,
Quero o seu olhar,
Quero o seu sorriso,
Quero sua brincadeira marota,
Quero a sua presença com sentido.

Tenho belas recordações
de uma mágica, bem marcante, de uma
amizade que chegava com o alvorecer
Companheiro, cúmplice e galante.
(Graciela da Cunha)

MEU HOMEM


MEU HOMEM

Desejo um homem especial, que não bata em minha porta
Simulando sentimentos e me aceite do jeitinho que sou.
Muitas vezes rebelde, maluquinha, mas sempre carinhosa
e não venha tentar me mudar ... não seria eu e sim outra!

Minha essência perderia e não quero ser a outra!
Quero que chegue fazendo festa para meu coração solitário,
quero que me enlace num abraço bem apertado e enroscado

e quando ele chegar vai me levar junto para qualquer lugar,
eu pintarei uma tela com as cores do arco-íris representando
o colorido do nosso amor e sendo sua mulher por inteira.
Nós vamos perder a noção do tempo, cantarolando

nosso amor em verso e prosa pelo mundo afora.
Vais me arrebatar e me ensinar a voar pelos campos,
amando-nos verdadeiramente como em conto de fadas
com direito a ter no final “The End: é o filme de meu sonho!

E olhe que acredito que existe o amor verdadeiro...
com ele vou encontrar, com certeza, e não vai ser sonho!
(Graciela da Cunha)

CAMINHOS


CAMINHOS

Na constelação do Cruzeiro do Sul,
na Aurora Boreal, ainda não encontrei,
mas deve estar lá em algum lugar
do universo contado em prosa e verso.

Neste caminho iluminado de sabedoria e ilusão,
como num conto de fadas, na sombra da noite,
onde os grilos falantes espiam meu pensamento
tão distante e cheio de formosura.

Estou à procura do perto e do longe
em versos e canções do breu da noite
Seu olhar, devo encontrar na estrela cintilante
Dos meus sonhos que me acordam todas as noites.

Vou à busca de teu mundo, procurar tua galáxia
e nela nos deitarmos sem receio de nos abraçarmos.
Essa noite será eterna com teu brilho e tua luz junto a mim.
Espero que possamos nos encontrar para nos amarmos.
(Rene de Oliveira e Graciela da Cunha)

ADEUS


ADEUS

Chega noite, estou a tua espera.
Amo-te e sinto sua falta junto a mim.
Aonde tu andarás a esta hora?
Fecho meus olhos e tento imaginar

em que leito você deita esta noite.
Deixa-me aqui sonhando e sofrendo.
Não aguento mais minhas lágrimas
escorrerem e tendo que enxugá-las.

Tu não lês os meus riscos
Falando do meu amor por ti.
Deixou-me sozinha a sonhar
Com esta ausência que me faz sofrer.

Feriste os caminhos do meu coração
e não quero viver somente de nossas
lembranças com minha alma vazia.
Resolvi percorrer outro caminho

Não vou mais esperar por ti.
A nossa história acaba aqui!
(Graciela da Cunha)