terça-feira, 29 de julho de 2008

Solidão


Solidão

Sentimento que sufoca
Vazio que não se define
Dor interna que oprime...

Chega e vai tomando conta,
Sensação de estar só...

Coração cheio de inquietude
Choro, angustia , falta de atitude
Busca por amparo divino...

Só Deus é consolo presente
Ele chega e aos poucos e vai
Ocupando o vazio com seu amor.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS 28/07/08

“O PALHAÇO”



“O PALHAÇO”
O palhaço nos faz chorar de rir
É só alegria, pinta cara, usa calças largas
em cores espalhafatosas, suspensórios largos,
sapatos enormes, perucas, chapéus
e não esquecendo do falso nariz vermelho.

Temos até inveja da vida do palhaço,
De tanta alegria que ele proporciona
As crianças quando chegam ao circo.
Quando entra no picadeiro é só diversão.

Mas quando a cortina cai, sua verdadeira face,
vem mostrar a tristeza que carrega no coração.
por trás daquela máscara que ninguém vê
tem sentimento de angustia, dor, solidão...

Mas como um bom palhaço que é,
Continua levando sua alegria...
mesmo com seu coração em agonia.
(Graciela da Cunha)
28/07/08- Santa Maria/RS
Publicado no Recanto das Letras em 28/07/2008
Código do texto: T1101670

quinta-feira, 24 de julho de 2008

“Compartilhar”


“Compartilhar”
É tão difícil encontrar alguém que queira
Ajudar nas horas difíceis que passamos em nossas vidas
Eu sou uma pessoa de sorte,
Encontrei uma amiga generosa e solidária

Que sempre esta disposta a ajudar
A cooperar com as pessoas e apóia-las
Ela confia na ação do Poder Superior
E caminha procurando crescer com
As experiências espirituais da vida.

Faz o bem espontaneamente
Com o coração aberto e repartindo
O que pode e o que tem com amor

A cada dia dou um passo para frente
Encontrando a paz e a luz interior
Que estava ofuscada em meu coração

Com ajuda do Núcleo Espírita Eurípedes Barsanulfo.
E seus mentores espirituais para onde esta amiga
Encaminhou-me hoje me sinto como o SOL
O amor voltou a ressurgir em meu coração
Junto da esperança do amanhã ser feliz

Sempre buscando dentro da fé espírita
Cumprindo a Lei do Amor e da Caridade
Pois somente a Lei do Amor une.
É a essência divina que todos têm
"No fundo do coração a centelha desse fogo sagrado"
(Homenagem a Poetisa Neneca Barbosa)
Graciela da Cunha
Santa Maria/RS
23/07/08
Publicado no Recanto das Letras em 24/07/2008
Código do texto: T1094780

“O Poeta”


“O Poeta”
O Poeta alça vôo em busca da montanha
Quer furar as nuvens para enxergar o sol
Quando chega ao cume da mesma montanha

Fica embebido pelo paraíso que vê
O verdadeiro espetáculo da natureza
E não percebe que é cessado o tempo...

De sonhar e voar e aos poucos sua visão
Se confunde e ele fecha os olhos e
Quando reabre se vê em sua cama
Com o seu livro de poesias na mão.

E compõe mais um belo poema.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS
23/07/08
(Homenagem ao Poeta Oswaldo Antônio Begiato)

Publicado no Recanto das Letras em 23/07/2008
Código do texto: T1094307

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Os efeitos jurídicos da união homossexual





Em junho de 1997, quando apresentei o trabalho de conclusão do curso de Direito na ULBRA/Canoas, abordei o tema ?Os Efeitos Jurídicos da União Homossexual?, tendo como orientador Dr. José Alberto Marques Moreira, o qual assinou a publicação do livro em 1999 pela Editora DATACERTA, de Porto Alegre, junto comigo.
Em julho de 1999, ano da publicação, a obra tinha por objetivo revelar o preconceito e a discriminação vividos por casais homossexuais em nossa sociedade. Por tal estigma, viviam quase isolados, tanto no aspecto social, como jurídico, trazendo assim, a importância jurídica de se conhecer os efeitos patrimoniais que geram os relacionamentos de pessoas do mesmo sexo.
A obra foi direcionada a estudantes de Direito, pois abordava, de uma maneira direta e simples, assuntos relacionados aos direitos dos homossexuais, como a visão mundial da parceria civil, o princípio da igualdade frente à discriminação sexual, os direitos sucessórios e direito a alimentos, a adoção e os benefícios da previdência. O trabalho foi inovador na área, pois fugia às abordagens tradicionais de casamento e/ou concubinato.
A homossexualidade marcou sua existência na maioria das sociedades desde os mais remotos tempos. As várias culturas diferiram em suas reações com relação a esta orientação sexual: foi aceita, valorizada, reprimida ou simplesmente tolerada.
Entretanto, as negativas sofridas pelos parceiros homossexuais não podiam e não podem mais subsistir, por contrariarem a liberdade fundamental a que faz jus todo o ser humano, no que diz respeito à condição de sua vida sexual.
Paralelo à elaboração do trabalho de conclusão, acompanhamos o andamento do Projeto de Lei nº 1.115/95 de autoria da deputada federal Marta Suplicy, sendo Relator o Deputado Roberto Jefferson. O projeto foi realizado com profunda intervenção cirúrgica, cujos quelódes surgiram desde os primeiros dias de sua proposição, eis que visava a legalização destas parcerias. Garantiria o direito à propriedade, à sucessão, aos benefícios previdenciários, seguro saúde conjunto, declaração conjunta do importo de renda, direito à nacionalização no caso de estrangeiro e renda conjunta para compra de imóveis. Pretendia-se, com isso, reconhecer e assegurar os direitos de milhares de pessoas que, por sua orientação sexual, não podem ter os mesmos negados.
O princípio da igualdade ou isonomia assevera que o cidadão (homem e mulher) não pode ser discriminado. Este direito está inserido no artigo 5º da Constituição Federal, vedando a distinção de qualquer natureza, ou seja, racial, profissional, religiosa, ideológica, sexual, entre outras.
Temos que todo o ?contrato? ou todo o ?instituto jurídico? tem causa ético-social ou econômico-social. A união de pessoas do mesmo sexo, é de pressupor, tem também uma causa ético-social: o amor é a base ético-jurídica da instituição Parceria Civil Registrada. Ao ?Estado? interessa, objetivamente, uma justa atribuição dos direitos-deveres entre as partes.
O Juiz Roger Raupp, da 10ª Vara Federal do Rio Grande do Sul, proferiu uma das mais bem fundamentadas sentenças sobre a parceria homossexual, datada em 1996. Nela, analisou os efeitos jurídicos da relação, sob o ponto de vista da Constituição Federal e dos Direitos Fundamentais. Foi acolhido o pedido do segundo autor de ser incluído como beneficiário do primeiro, no plano de saúde mantido pela Caixa Econômica Federal (Funcef), que, de maneira simplista, esclareceu que ?dentre outros direitos fundamentais, garante a Constituição da República a igualdade, plasmada, assim, o princípio da isonomia. No âmbito da sexualidade, esse princípio mereceu especial proteção mediante a proibição de qualquer discriminação sexual infundada: invocou, dentre outras normas, o inciso I do artigo 5º (igualdade de direitos e deverres entre homens e mulheres) e o inciso XXX do art. 7º. (proibição de diferença de salários, exercício de funções e critério de admissão por motivo de sexo)?. Salientou, ainda, que a discriminação de um ser humano em virtude de sua orientação sexual constitui, precisamente, uma hipótese de discriminação.
Afirma-se que não existe diferença entre a união estável de heterossexuais e homossexuais, quanto à existência. Assim, cabe analogia entre a união estável (art. 226, § 3º da CF/88) e a união de pessoas do mesmo sexo, esta não prevista pelo legislador. Conseqüentemente, buscar-se-á naquela fundamentos jurídicos, pois não existe, ainda, no ordenamento jurídico, uma regra específica para a união estável dos homossexuais. Outrossim, existe uma semelhança no essencial, e identidade de motivos entre os dois casos, pela inteligência do artigo 4º da LICC.
Em 04/03/04 vários jornais publicaram que as pessoas do mesmo sexo poderão registrar a união afetiva entre os parceiros. Tal decisão teve repercussão nacional, eis que foi publicado no Diário da Justiça a medida baixada pelo Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Aristides Pedroso de Albuquerque Neto, na qual passou a permitir que os Cartórios de Registros de Notas de Estado do Rio Grande do Sul registrassem documentos relativos às uniões efetivas de pessoas do mesmo sexo.
O Magistrado afirmou ?não obstante as discussões éticas, filosóficas, antropológicas e religiosas sobre o tema, o fato é que as relações homossexuais existem e por isso, em razão da segurança jurídica, merecem ser disciplinadas independentemente da posição que se tenha?.
Afirmou, ainda, ?quando se tratam de relações de fato- caracterizado como união estável ? entre o homem e a mulher ? a própria Constituição tutela (art. 226,§3º, da CF). Mesmo que ainda não caracterizada a união estável, como na hipótese regrada pela Constituição, os interessados poderão fazer o registro dos documentos que digam respeito à relação afetiva, com base no princípio da segurança jurídica?.
A origem do provimento nº 06/2004-CGJ teve no pedido de informações da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o qual teria recebido informações da negativa de vários tabelionatos da Capital/RS em lavrar escritura pública de união estável dos parceiros homossexuais.
No realizado em1997, afirmamos que a relação homossexual não merece julgamento. É um fato da vida privada do cidadão. Não é boa nem ruim: é como os demais relacionamentos. A questão primordial, sob o ponto de vista técnico, é que, tratando-se de um fato da vida, e tendo relevância social, é de suma importância que o legislador tenha a preocupação em regulamentar. E como podemos observar, a Constituição não veda este tipo de relacionamento, pelo contrário, repele qualquer tipo de discriminação.
Milito há 8 anos na Justiça do Trabalho. Na época, a idéia era ?sem pé nem cabeça?, diziam os colegas. Porém, comecei a estudar o tema, sempre buscando respostas para as dúvidas que surgiam ao longo da pesquisa. Segui minha meta com muita dificuldade, pois existia pouco material para pesquisa e a internet, no Rio Grande do Sul, era rara.
Após oito anos, a minha tese foi confirmada em parte.
Graciela Leães Alvares da Cunha
04/05/2004

quarta-feira, 16 de julho de 2008

“Razão ou Coração”


“Razão ou coração”

O coração não bate com a razão, gostamos de coisas proibidas e já foram temas de poesias, filmes e romances. O coração é um eterno apaixonado.

O coração envereda sempre para o lado mais difícil, e então é comum encontros e desencontros. Em matéria de amor não somos originais.

A mesma química que nos atrai para alguém é a mesma que atrai os outros para nós, quando o amor é proibido e fica com uma pitada de pimenta malagueta.

E quando mais ardemos por amor, desejo e paixão, o nosso cérebro ou coração fica com mais sede do amor!

Os poetas desde os tempos idos, cantavam versos aos apaixonados e continuam cantando... Pois o amor só muda de endereço, mas é o mesmo que acontece em todos os corações.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 15/07/2008

“O Colar”


“O Colar”

Fui fazer uma longa viagem de navio
Eu esperava ali encontrar meu grande amor
Era o propósito daquela viagem
Junto levei meu colar de pedras preciosas
Estava em meu quarto e vislumbrei pela janela
O céu cinzento e o mar estava bravo
O navio subia e descia adoidamente
O Capitão avisava que vinha temporal
O vento aumentava, os relâmpagos se sucediam
A noite caiu rápida e escureceu de repente
Adormeci e acordei com batidas à porta
Era o capitão me trazendo uma bandeja com café.
Logo após as saudações o meu capitão
Desculpou-se e convidou-me para jantar em sua gabine
Aceitei o convite do capitão com olhos da cor do mar
Arrumei-me como se fosse para uma festa
E coloquei o colar da sorte
Chegando ao encontro marcado
Lá estava preparado um lindo jantar com luz de velas
Extasiada contemplei aquele homem
Como se os deuses abrissem as portas
Do paraíso para mim naquele momento.
Ele me beijou logo de chegada e eu aninhei-me
Em seus braços, beijando com frenesi
Meu capitão tanto te esperei...
E eu também meu amor...
Uma vez uma cigana ao ler minha sorte falou:
a mulher de sua vida chegará vestida com um
belo vestido vermelho e um colar de pedras preciosas.
E assim se consumou o amor eterno e as palavras da cigana.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS – 16/07/08 - 14h: 30 min.

Publicado no Recanto das Letras em 16/07/2008
Código do texto: T1083378


domingo, 13 de julho de 2008

“A cada encontro”


“A cada encontro”
Quero falar sem pressa do nosso amor
Tudo que sinto por você
As nossas sensações vividas
E a cada encontro ...te desejo mais.
Os seus olhos cor do céu falam
E você sente ardentemente o meu amor
Se pensar em me enganar
Não tente...seus olhos não mentem
(Graciela da Cunha )
Santa Maria/RS - 13/07/08
Publicado no Recanto das Letras em 13/07/2008
Código do texto: T1078615

"Em sonhos"


“Em sonhos”

Fui a uma festa no Quartel da Aeronáutica, estava com vestido de organza verde e um lindo chapéu branco com florzinhas miúdas, salto alto, bolsa social e com aquele sorriso, pintei meus lábios de vermelho da cor de amora.

Um belo rapaz de uniforme de gala branco se aproximou e em seu crachá estava escrito em dourado, Antônio Azevedo.

Ele me disse: quanto tempo!...
-Nunca mais nos vimos?
Você continua sempre a mesma...
- Uma bela mulher!

Eu, com olhar ardente não conseguia despregar meus olhos daquele belo rapaz de feições másculas.

Será que Deus nos reuniu novamente para juntos termos um futuro de amor eterno, disse ele.

Ele me convidou para dançar e chegou bem perto de mim, e nossas respirações se aceleravam e uma doce sensação de entrega tomou conta de nós dois, dançávamos ao convite da música... Eu estremecia em seus braços como ele estremecia nos meus. Tudo conspirava em nosso favor.

Ao mesmo tempo em que estremecíamos de prazer... Um nos braços do outro, um sentimento de dor e, perda me envolvia devagarzinho.

Acordei deste sonho que se repetiu por três vezes em minha vida. Será que é sonho ou delírio?
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 13/07/08

segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Maria de Fátima"


“Maria de Fátima”
Amiga, irmã de coração e muitas vezes mãe amorosa
Seu nome é em homenagem a Nossa Senhora de Fátima
Que com sua luz lhe da à benção junto ao Senhor Jesus Cristo
Esta amizade que já ultrapassa duas décadas tem muitos segredos.
Mulher de fibra e lutadora
Apaixonada pelos três filhos
Lenice, Priciane e Claiton
Em cada um deles brilha uma luz.
Para este encanto de mulher
Que segue lutando com garra a cada barreira encontrada
Guerreia com a própria vida muitas vezes
Pelo sofrimento que a vida por muitas vezes lhe apresenta.
Já sofreu por amores e sobreviveu
Foi traída e continua acreditando no amor
É amiga de todas as horas e momentos
Carinhosa, atenciosa, porém tem um defeito é muito pernóstica
O que fazer....é minha irmã de coração!!
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS – 06/07/08

quinta-feira, 3 de julho de 2008

“O Poeta se Inspira”


“O Poeta se Inspira”
O poeta chora com o coração, lava a alma
pela melancolia, pela tristeza que a vida impõe,
pelas juras de amor, pelo tédio ou por suas alegrias,
o poeta se inspira no dia-a-dia da vida, expõe
sentimentos no papel com seu tinteiro, deixa escorrer
pelos dedos palavras que inflamam, faz poesia na forma
infinita buscando versos, rimas perfeitas que cantam
na forma de poesia, descreve um pouco dos desejos, dores,
sofrimentos, sonhos, fragilidades, alegrias, desenhando
em sua tela a poesia em essência, liberta nas asas
para alçar vôo, viva lançada ao vento, percorrendo
mundos, inebriando corações oprimidos, apaixonados,
ou sendo repudiada, odiada, compreendida apenas pelos
sentimentos finos, despidos de dogmas, apresentando
profunda sabedoria, o poeta se desprende da ilusão,
do sonho passageiro, se enche de amor, representando o
deus do amor, pois sabe que o amor jamais irá envelhecer!
(Graciela da Cunha e Marta Peres)
02/07/08

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A(r)mar-se


A(r)mar-se
Se com tuas armas me feres
Eu desabo em meio às flechas
Não revido calo minha dor
Viro-te as costas e nome do amor.
Mas caso deixe armadilhas
Entre flores e poesias
Me rendo e sou abatida
Pelo amor sempre sou vencida
Sou mais forte na batalha
A fera que defende o seu filhote
Não temo nem a morte...
Porém perco minhas forças
Viro uma gata macia
Quando uma mão me acaricia
E navega em meus desejos
Que invade minhas entranhas
Me tirando a razão
fazendo-me viajar pela emoção.
(Bernadete Moscareli / Graciela da Cunha)
02/07/08