terça-feira, 30 de junho de 2009

ESCREVER


ESCREVER

O escrever faz companhia,
rabisco meus sentimentos de medo,
solidão e desespero que estão confusos
na minha alma triste.

Não demonstro minhas ansiedades,
minha aparência é feliz.
Meu coração grita,
queria tanto falar....
Mas apenas aprendi apenas escrever
(Graciela da Cunha)
27/08/08

MINHA LIBERDADE

À medida que a chuva desabava pesada, eu subia a colina verdejante e escorregadia, o vento soprava insistente e veloz, fazendo meu corpo envergar para trás e dificultando minha caminhada... Ao longe, trovões ribombavam furiosos, acompanhando os raios que faiscavam no céu tempestuoso...

Eu estava no meio da tormenta, e não tinha certeza de conseguir seguir adiante, mas não podia desistir. Não agora. Sabia que era aquele caminho, do outro lado da daquela colina, acenava-me a liberdade...

Já perdi muito tempo em minha vida e agora preciso viver... Finalmente, alcancei o topo da colina e fiquei estarrecida, com a visão do campo com grama verdejante e uma bela casa, a minha espera para ser feliz e viver em plena liberdade.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria, 25/08/08

PEDIDO DE CASAMENTO

Ricardo partiu em viagem de negócios, e conheceu Maria, uma jovem bonita, e se apaixonou imediatamente por ela. Nunca fez parte dos seus planos, qualquer envolvimento amoroso, ele vivia apenas de curtas e inconseqüentes aventuras românticas...

Mas ao botar os olhos naquela moça, embriagou-se na candidez de seus olhos, infinitamente azuis... Foi como nunca tivesse visto outra mulher.

Como uma força indomável provocasse, uma tormenta indescritível em seu interior, um misto de insegurança e de euforia, o envolveu completamente...

Sentiu-se apequenado quando a pediu em namoro, ainda assim, fingiu praticidade:
- Não sou homem de meias palavras!
- Gostei de você e desejo me casar.
- Se você quiser é só dizer “sim”
- Se não quiser é só dizer “não”
- Se não quiser é “adeus” e eu me vou...

Suas pernas tremiam e o coração aos saltos, morrendo de medo de ouvir um “não”.
Como resposta Maria disse SIM.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria, 25/08/08

FÚRIA DO MAR


FÚRIA DO MAR

Parada no alto da colina
Fiquei paralisada ante aquela visão
Um imenso mar de águas revoltas
Chocava-se contra as pedras

Jogando espuma branca
A muitos metros de distância
A maré ia e vinha numa
Cadência aterradora

Como se quisesse sugar
Todos os grãos de areia
Seria suicídio aventurar
Por aquelas ondas

O mar estava revolto
Era ressaca impiedosa
Nenhuma embarcação
Atrever-se-ia se aproximar

Das pedras com aquelas ondas
Poderia ser atirada contra
As rochas e naufragar
As ondas espocavam com furor

Arrastando tudo.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 25/08/08

A NATUREZA


A NATUREZA

A natureza não é má,
ela simplesmente existe.
Ela acontece,
assim como o bem,
ele existe dentro de nós.
Está apenas à espera
do momento em que
façamos acontecer.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS 25/08/08

A BATALHA

Em todos os tempos e todas as eras e todos os lugares, o homem vem travando uma furiosa batalha consigo mesmo. Contra seus instintos, conta seus temores, contra seu orgulho, a luta é constante.
O maior inimigo do homem, é ele mesmo. Deveria impor a força, pelo amor... Que é a compreensão verdadeira da vida
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 25/08/08

CIÚME

O silêncio é quebrado no vilarejo, somente pelo barulho do trem que passa, mas nesta noite o som se destacou.
Foi um tiro certeiro no coração de Maria, o marido ciumento viu pobre mulher conversando com um homem estranho e não perguntou quem era e saiu atirando. Silva tinha ciúme doentio da mulher, foi preso e desvendado o mistério, o homem estranho era irmão da pobre mulher, que ela não via há mais de trinta anos.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS 24/08/08

O ENCONTRO


O ENCONTRO

Sai à noite com a certeza de encontrar meu amor,
cheguei ao clube e fui direto ao bar,
onde se escutava uma música que embalava meu ardor,

estava linda naquele vestido preto,
primeiro olhar nossos olhos brilharam,
cheguei de mansinho e te convidei para dançar,

nosso corpos tremiam ao som do bolero,
minha mão mais ousada te afagou o cabelo,
você acanhada tentou se afastar...

Foi então que perdi por completo o equilíbrio,
se ouviu no salão um estrondozo ruído,
caí no chão com as pernas para o ar...

ha ha ha ha!
Foi assim que ele perdeu por completo o encanto,
pela dama de negro que chorava num canto,
jurei nunca mais sair pra dançar...
(Graciela da Cunha e Bernadette Moscareli)
22/08/08

A POESIA DO AMOR


A POESIA DO AMOR

Com a poesia fazemos amor virtual,
sinto tuas palavras de amor jogadas,
em minha página com letra vermelha,
tinta carmim da paixão...

A poesia soa como melodia,
em sua alma e em seu corpo inteiro,
quero te seduzir em cada estrofe,
fiquei escrava de tuas belas palavras de paixão.

Elas falam de amor, paixão e sedução,
tuas palavras bailam ao som da vida,
é uma magia plena e poética.
Você me chama de bruxa, fada e anjo,

diz-se meu amante virtual e ainda fala que,
é capricho meu me passar por irreal...
Para satisfazer o teu sonho de escravo do amor,
minhas poesias te causam frenesi.
(Graciela da Cunha)
24/08/08
23h: 08

O CURANDEIRO JOEL

O curandeiro Joel vivia em uma cabana, em torno dela ele plantou muitas flores, o lugar ficou alegre e convidativo. A região era povoada por pessoas carentes, não tinham condições de procurar médico, e procuravam o curandeiro Joel, que nunca negava atenção...

Em sua cabana tinha um laboratório rústico, tinha fogão à lenha no qual preparava as infusões e beberagem medicinal, utilizava ervas, raízes, cascas e sementes de plantas que cultivava em sua horta.

A cabana tornou-se uma espécie de clínica médica, Joel atendia as pessoas e nada cobrava e recebia todos com carinho e sorriso no rosto. Sempre dando uma palavra de conforto e sábios conselhos, quando se chegava à cabana se sentia uma fragrância, emanada de todas as plantas que ornamentavam o jardim. Ali vencia o amor, o verdadeiro principio da caridade.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria, 24/08/08

NO FINAL DA TARDE

No final da tarde encontrei um velho amigo, eu percebia um profundo abatimento ao revê-lo, enquanto ele me cumprimentava, eu me perguntava o tinha aquele homem...

Ele me passava muita paz, segurança e bem-estar, antes eu nunca havia sentido nada daquilo... Era como eu não quisesse me afastar dele por nenhum segundo, ele estava diferente e eu me sentia atraída.

Quem sabe deveria admitir que estivesse apaixonada pelo velho amigo. Quem sabe... Ele me perguntou como estava e respondi, que ainda estava me tratando, mas com ele perto tinha ficado melhor, sem medo daquela multidão...

Ele me disse:
- Gosto de saber que minha presença lhe faz bem.

E eu tive que confessar que sim, nós dois trocamos olhares apaixonados, porém ninguém ousou dizer nenhuma palavra. Apenas nos olhamos como duas almas entrelaçadas, por sentimentos sublimes.
As mãos trêmulas de emoção se enfeixaram umas nas outras, e os lábios, enfim, se tocaram como, há muito desejavam.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria, 24/08/08

FADA AZUL


FADA AZUL

Esta noite sonhei que era a Fada Azul,
tinha cabelos negros, pele branca como a neve,
e lábios pintados com batom bem vermelho...

No meu sonho estavam as Fadas Poetisas,
Amarela, Arco-Íris, Ruiva, Verde e Violeta,
e elas cumpriam minhas ordens...

Na floresta da Fadolândia todas nós fadinhas,
brincávamos e os animaizinhos nos ajudavam,
com nossas magias para alegrar a criançada...

Nossa casa parecia casa de bonecas,
como estava cansada fui tirar um cochilo,
e as fadinhas continuavam a preparar os pozinhos.

Quando voltaram da Fadolândia,
encontraram a Fada Azul desmaiada,
as fadinhas ficaram muito assustadas,

e chamaram o Poeta das Fadas,
ele resolveu o problema logo,
a Fada Azul sofre do mal de amor,

corre fadinha para lá e para cá,
encontraram o Fado Azul,
ele a beijou e ela sorriu...
Causando muita alegria entre as fadinhas.
(Graciela da Cunha)
11/08/08

NAMORO ADOLESCENTE

Casal de namorados rumou para o cinema, compraram pipocas e refrigerante, e foram direto para a sala de exibição... Enquanto o filme não iniciava, o namorado segurou minha mão direita dela e disse:
- Eu quero oficializar nosso namoro, fiz o pedido por telefone e você aceitou. Hoje faço olhando dentro de seus olhos. Você aceita namorar comigo?

Ele estava com carinha de cachorro pidão, e ela logo respondeu:
- Claro que aceito.

Ele depositou um beijo em sua minha testa, ela abraçou-o com vontade e beijou seu rosto, as luzes da sala apagaram-se e o filme teve início...

Os dois ficaram contemplando-se longamente... Aproximaram e se beijaram pela primeira vez, ela tinha a sensação de flutuar no ar e tocar as estrelas.

Ele levou a mão no coração da namorada e falou:
- Seu beijo me fez descobrir que eu já não me pertenço. Pertenço ao sentimento que nos une.
(Graciela da Cunha)
09/08/08

PREVISÃO DO TEMPO


PREVISÃO DO TEMPO

O amor não faz previsão do tempo
ele é cheio de contra tempos...
Cego, surdo e mudo,
mas nos enche a vida
e preenche o coração.

Existem amores que de mãos dadas
traçam juntos seus destinos...
Outras vezes brincam
com o próprio destino,
e vão além...

O amor não tem
roteiro pré-definido
ele chega e não bate na porta
entra e contagia.
(Graciela da Cunha )
09/08/08

CAIXINHA ENCANTADA


CAIXINHA ENCANTADA

Minha caixinha encantada é toda colorida
tem borboletas, arco-íris, fadas e duendes
nela guardo todos os meus medos e dores...

Hoje por encanto ela abriu-se
como se fosse mágica de alguma
fada ou duende...
E de lá saiu felicidade, amor e paz e
flores de todas as cores e
uma linda canção de amor...
(Graciela da Cunha )
21/08/08

SERENATA


SERENATA

Era madruga e noite estrelada,
a lua de prata clareava a bela noite.
Acordei com uma música,
que parecia uma prece de amor.

O som vinha de fora, abri minha janela,
e lá estava meu amor me presenteando,
com uma bela serenata e a canção
contava nossa história de amor...

Uma história de sonhos e realizações,
mágica como as histórias
de conto de fada...
(Graciela da Cunha )
21/08/08

MINHA FIGUEIRA


MINHA FIGUEIRA

Eu recebi de presente um pé de figueira,
Que simboliza a paz, luz e a amizade .
Ela produz lindos frutos como pérolas estreladas.

Chegou me trazendo à verdadeira fé,
cada encontro sinto flutuar no ar,
e tocar nas folhas mais altas da figueira...

Ninguém tem uma figueira igual a minha,
ela chegou e tomou conta de meu coração,
e vou regá-la com muita amizade e amor...

Sempre com fé e amor!
(Graciela da Cunha)
21/08/08
(Homenagem a Silvia Gremista)

MEU ESCONDERIJO

Uma noite muita escura, mas agradável. Maria foi guiando um pequeno carro puxado por um cavalo branco. A estrada era larga, muita vegetação. E muitas árvores estavam cobertas de agrestes e perfumosas flores. Ela foi para a casa de campo e lá ficou na solidão por mais de dez anos. Nesta época já contava com mais de sessenta anos.

Depois de passado estes anos escutou uma voz conhecida, era de Antonio, seu ex-marido, era como se tivesse ressurgido das cinzas. Parecia que tudo não passava de uma alucinação. O estado de saúde de Maria estava muito alterado. Foi uma luta titânica que a manteve neste lugar e em total solidão

Ela viveu esses longos anos em um alheamento completo, esquecida completamente de tudo, só procurando viver na realidade da sua precária existência. Foi feliz, vivia sossegada em seu pequeno quarto e com o decorrer dos anos pode dizer a ela mesma que era feliz.

Antônio veio lhe ofertar à libertação, se arrependeu de ter lhe deixado, porém ela chegou tardiamente, pois ali naquele lugar nada lhe faltava, eis que ele mantinha empregado e pagava todas as suas despesas, desde que vivesse longe dos amigos e familiares, não agüentava ter que dar explicações a sociedade que sua esposa era doente. Sempre que precisava de alguma coisa mandava buscar e era prontamente atendida.

Aquele que lhe fizera tanto sofrer, agora estava ali na sua frente, e ela não tinha sentimento de ódio, nem um só lampejo de piedade.

Antonio repetia por diversas vezes, que quando mais ela precisava de amor e carinho, ele havia lhe abandonado naquela casa, onde vivia esquecida do mundo, pois tinha vergonha das crises que ela muitas vezes tinha na frente dos amigos e familiares.

Neste momento ao pensar nisso foi o bastante para que ela tudo esquecesse e voltasse para ele com ternura, pois ele estava pior que ela há dez anos atrás.

Juntos, com as cabeças quase encostadas, mãos entrelaçadas, olhavam o céu de um azul terno e suave.

Na árvore frondosa, bandos apressados de pássaros ali estavam, cantando alegres e felizes, com o despertar da manhã clara e fresca.

Ele reparou todos os seus erros. O seu arrependimento foi sincero. Ela deu o seu último suspiro de vida, e Antonio viu que ela não estava mais ali. Debruçou-se sobre seu corpo e chorou.
Maria foi sepultada debaixo da frondosa árvore que ficava defronte a casa. Era um lugar maravilhoso circundado de grandes árvores, cuja sombra acolhedora e amiga convidava para repouso e meditação. Ali se tornou o lugar favorito de Antônio

Certa noite Antonio foi deitar e santamente morreu, antes implorou perdão ao Senhor. Antônio foi sepultado debaixo da mesma árvore onde jazia Maria. A casa foi o cenário silencioso do drama vivido por aqueles dois seres amoráveis e sofredores.

Assim o casal subiu seu último degrau, mas conseguiram subir com coragem até o cume luminoso... Adeus!!!
(Graciela da Cunha)
19/09/09
Publicado na Antologia dos poetas virtuais

RUMO A VITÓRIA

O fracasso é para quem abandona a luta, quando desiste antes de travá-la. A vitória somente chegará se enfrentarmos, os desafios que a vida nos apresenta...

A vida tem que ser enfrentada com coragem, sempre haverá dificuldades e problemas. As quedas são experiências que nos fazem ter êxitos, mas se perseguirmos até o fim sem desistir, tudo terá o seu lugar exato...

Se algo for difícil devemos lutar com mais força e nunca abandonar a luta, pois estaríamos fadados ao insucesso.

Se nos propusermos a realizar algo e se quer de verdade, devemos perseverar nosso ideal com luta continua o triunfo com certeza vamos conseguir.

“Vamos lembrar de Cervantes autor de “Dom Quixote e la Mancha”, ele experimentou a miséria e foi incompreendido, experimentou a mendicância, para não morrer de fome. Existe uma galeria de filósofos e poetas, que não desistiram e confiaram na sua vitória.
Souberam esperar, e não se abateram ante os impedimentos.

Se quisermos vencer vamos ter que ter muita força para superar os obstáculos, e sempre confiante no Pai Maior que nunca abandona seus filhos na terra. Assim disse Jesus: "Aquele que perseverar até o fim, este será salvo." Somente com a insistência chegaremos à vitória.
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 17/08/08

ERRE AUXILIANDO


ERRE AUXILIANDO

Nunca deixe de auxiliar a todos para o bem,
Embora não tenha condições auxilie,
Auxilie sem descansar até os adversário,
Auxilie infatigavelmente até os invejosos...

Auxilie espontaneamente os que cruzarem o seu caminho,
Auxilie quem passa pelo jugo da necessidade e da dor,
Auxilie sem repouso, ainda sob o império da aversão,

Auxilie sem reclamar o auxílio de outrem,
Em fim auxilie sem amargura e sem paga,
Sejam filhos do sincero desejo de auxiliar...

Os caminhos serão abençoados,
Embora muitas vezes obscuros e pedregosos,
Com certeza vão nos conduzir as alegrias do Eterno Bem.

Por fim...
me coloco em tuas mãos de luz...
sigo teu passos de humildade,

e bondade meu irmão!
doce olhar e incansável,
assim foi seus dias de amor ...
doou sua vida , sua mente,
meio de comunicação,
das mãos abençoadas...
não só passes ,balsamo de alivio,
instrumentos da escrita,
deslizando suavemente,no papel,
som escutando,

Silenciosas a nós...
Palavras...

Confissões...
Da dor...

Do amor...
do lugar d'onde estavam.
saudades sem fim,
trouxestes alivio as lagrimas,
da mãezinha a soluçar,
o beijo ao amor que ficou,
tu amigo amado.
hoje beijo tua face,
pois aqui estas em energia.
caminhas ...
Iluminas os caminhos...
sigo tua luz doce e serena,
te seguimos Luz!

(Graciela da Cunha e Leninha Solzinho– 16/08/08 -
(Homenagem a Francisco Xavier)