terça-feira, 24 de novembro de 2009

EU E DEUS


EU E DEUS

Senhor Deus,
doador dos bens
infinitos que jazem
adormecidos dentro de mim,

Permita (Senhor)
que a lição de Jesus,
o Nosso Divino Mestre,
desperte-me para minhas ações;

que elas estejam doravante
em sintonia com as
suas leis imutáveis e
que eu sinta cada
vez mais mergulhada
no teu divino amor.

Não permita, Senhor,
que me entregue à ociosidade,
aos ressentimentos e desavenças,
para que - com mente limpa
e coração puro - possa penetrar na
vibração do teu santo amor.

Dá-me, Senhor, a força
necessária para romper em mim
os instintos da maldade,
da vaidade e da maledicência.

Que a força do amor a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo
como a mim mesmo vença
todos os obstáculos.

Oh, Deus, como é infinito
o panorama que destas
grimpas teu poder proclamo!
Só Tu, Senhor, e eu...

Em nossos espaços, ó Criador,
É tanta luz que banha minh'alma,
que feliz hei de viver entre teus braços, Meu Pai!
(Graciela da Cunha)

SEMENTE DE AMOR


SEMENTE DE AMOR

Eu quero ver
um jardim florido,
um sorriso de uma criança
um pouco de esperança
em cada gesto florir
um ramalhete de
uma semente de amor!
(Graciela da Cunha)

FOLHA SECA


FOLHA SECA

Ouço uma triste canção.
o vento calmo murmura
lento como as mágoas do coração.
Uma folha caiu despertando amargura.

Nesta tenebrosa solidão
vou pensando na esperança
perdida pelo caminho.
Do alto onde vivia,
a pequena folha caiu.

Conheci a triste melancolia
junto ao barulho do vento.
O rumor da folha seca caída
veio entristecer meu coração.
(Graciela da Cunha)

NOITE AZUL


NOITE AZUL

Noite tranqüila.
Noite alentadora.
Ó noite azul!
Nos campos que escureces
gemidos há que
mais parecem preces.

É a leve brisa fresca e tentadora.
Ó, noite azul!
Empresta-me teu pranto,
orvalho que
cai do céu enquanto.
Recordo tristonha o meu amor.

Por que chorar eu quero?
como louca,
desabafo assim,
talvez um pouquinho
meu coração desta
grande dor
da solidão!
(Graciela da Cunha)

VERSOS


VERSOS

Versos são folhas soltas
de um caderno.
um pouquinho da vida;
um suspirar;
um afago de amor;
um riso terno
ou também uma
lágrima a rolar.

Quisera que uma estrela
descesse para iluminar
a forma doce
de uma inspiração,
pois assim eu diria:
meu amor, não
esqueça nada!
Pulsa em rimas
o meu coração.
(Graciela da Cunha)

AMO A VIDA


AMO A VIDA

Amo a vida consoante ela é:
fria, pois sou só;
quente, porque às vezes me basto;
inquietante, já que se faz sair de mim;
pacata uma vez que nada posso mudar;
Sem respostas nem sempre!
Ou respostas: sim, por quê?!
(Graciela da Cunha)

AMANTE OU MULHER?


AMANTE OU MULHER?

Sou mulher, sou madura,
dos quarenta já passei,
mas ao passo do amor
vivi e revivi sem parar
em meu ser amante e mulher.

Sou mulher, sou amante,
pois vivo a espera do amado
noite e dia
no gotejar do sereno,
na luz das estrelas.

Amante ou mulher?
Não sei.
Só sei que sei amar.
(Graciela da Cunha)

AMOR MAIOR


AMOR MAIOR

É tempo de festa nos corações
dos que amam; amam com a
mansidão das crianças, com
a paciência dos pássaros, com
a leveza das flores, com
a grandeza das estrelas.
É tempo de festa. Risos e sorrisos.
Tempo de esperança colorida.
Tempo de esperar um amor maior.
É o Natal chegando.
Aniversário de Nosso Senhor Jesus!
Vamos cantar parabéns!
Feliz Natal!!
(Graciela da Cunha)

SOLIDÃO


SOLIDÃO

No contar das horas
vivem e choram
corações sem mágoas
...apenas saudade de ser feliz.

Nos ponteiros do relógio,
vão os anos de amor
e da juventude
...dos doces anos de felicidade.

Se parar o relógio,
para a vida...
E nada mais se sentirá
tocar...
A não ser a dura e fria
solidão
de um grande amor!
(Graciela da Cunha)

COR DE MEL


COR DE MEL

Os teus olhos cor de mel
seguem o meu
caminho
triste,
solitário.
Por que?
Amas?
Sofres?
Ou sentes que te amo?
(Graciela da Cunha)

COLOMBINA


COLOMBINA

É carnaval!
Sou a colombina,
és o pierrô!
Brincamos
antes do amanhecer.
Dá-me um beijo!
É dia!
Olha o sol!
Adeus, amor!
(Graciela da Cunha)

FIZ-ME SOLIDÃO


FIZ-ME SOLIDÃO

Meu caminho está escuro.
O perfume das flores
sumiu.
O sol deixou de brilhar
em meu coração.

Minha alma anseia por
teu amor e
meu caminho quer
encontrar o teu.

Sinto a solidão
sem sol ou estrelas,
vejo em torno de mim
um mundo irreal.

Quero o brilho da lua
para iluminar meu olhar
de fera selvagem
a cuidar da ninhada.

Pelo amor e para o amor...
Mas mesmo amando,
fiz-me solidão.
(Graciela da Cunha)

JARDIM


JARDIM

Quando se sai de um jardim,
leva sempre consigo uma flor.
Existe vidas que são assim:
jardins ofertando amor...
(Graciela da Cunha)

SER ROSA


SER ROSA

Ser rosa é ter as pétalas em festa
espalhando o convite dos perfumes
as abelhas, de dia e à noite, os vaga-lumes;
enfim a todos os bichinhos da floresta encantada.

Ser rosa é ter coração cheio de mel,
como pote dourado aberto a quem vier,
até mesmo pra ti - pobre espinho insensato!

É mesa posta o coração das rosas:
pólen e mel, perfume e cores,
banquete de abelhinhas esfaimadas.

Toda a rosa é um pequeno castelo de fadas.
Sua essência é colorida.
Perfume e cor em gesto de esperança
é presente na mão de quem alcança.
(Graciela da Cunha)

ROSEIRA


ROSEIRA

As flores de uma roseira
bem depressa murcharão,
mas duram a vida inteira
as rosas do coração.
(Graciela da Cunha)

TEU AMOR


TEU AMOR

Que teu amor
sempre seja
puro, leve e sem fel.
Borboleta que voa
buscando somente o mel.
(Graciela da Cunha)

AGRADEÇO


AGRADEÇO

Retornar a alegria de toda
vontade louca de viver...
Voando no espaço em roda
no infinito me perder.

Prisioneira da vontade
que transcende o vão pensar.
Agradeço, em liberdade,
no que devo aqui passar.
(Graciela da Cunha)

UM DIA ACREDITEI


UM DIA ACREDITEI

Alucina e me atrai,
corrompe-me e me destrói,
lança-me fora de mim
tanto que chego a crer
na história de amor
que canto
é fato,
feito fato verdadeiro,
mas rápido recuo num só ato.

Recuo e me recuso a tempo.
Recomponho-me e lembro
a mim mesma
que antes a dor me consumia
o corpo inteiro.
Um dia acreditei no teu
amor, hoje não mais!
(Graciela da Cunha)

EXPLOSÃO DE DESEJO


EXPLOSÃO DE DESEJO

No reencontro contigo
senti a mim mesmo
flutuar longe de mim,
e o desejo louco de sentir
toda a explosão dentro de mim.
O doce ritmo de um corpo só,
o ar onírico a espalhar-se,
via o prazer infindo,
infinita explosão de nós dois.
(Graciela da Cunha)

CASA VAZIA


CASA VAZIA

Casa vazia,
são pedaços de nós
dois que se partiram.
(Graciela da Cunha)

ENCONTREI-TE


ENCONTREI-TE

Enfim te encontrei.
O desencontro
parece os encontros
de cada um.
Na multidão sem rosto...
encontrar o parco esboço
de um amor sem par.

Ah, desalenta bobagem! Escrevo!
como dura o tempo passar
para de novo te encontrar,
bastava dizer que te vi
e nunca mais te esqueci
e não precisava enfeitar...
(Graciela da Cunha)

LÁGRIMAS


LÁGRIMAS

Vago sozinha
na noite vazia
o sonho termina
no palco da vida
com esperança
perdida.

Lágrimas de orvalho
nos olhos da noite.
Soluços do vento
na madrugada fria.
A noite chora
suave, comigo.
(Graciela da Cunha)

DESPEDIDA


DESPEDIDA

Ainda me lembro
de teus olhos tristes
me dizendo adeus
naquela noite fria.

No caminhar lento,
o término de tudo
que eu mais queria.

Ainda hoje te procuro
pelos caminhos da vida,
mas, mesmo em sonhos
só nos encontramos
em outra despedida.
(Graciela da Cunha)

ESTRELA CADENTE


ESTRELA CADENTE

A estrela cadente
risca o céu da noite,
obrigando o poeta
escrever rápido
o seu poema
antes que o sol da manhã
venha apagá-lo.
(Graciela da Cunha)

SONHO


SONHO

O sonho dorme
no quarto ao lado,
coberto
pela velha colcha
feita com retalhos
do tempo
e da saudade.
(Graciela da Cunha)

VIGIANDO O CÉU


VIGIANDO O CÉU

Perdida sem sonhos
fiquei vigiando o céu
nas noites de luar.
O tempo passou
despreocupado.
A vontade era de ficar
ali decifrando
eternamente
as mensagens do
pisca-pisca das
estrelas...
(Graciela da Cunha)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DOMINGO


DOMINGO

No meu sonho
de ser anjo,
a vontade
é percorrer o céu
como um poema,
e fazer
de minha vida
um domingo
de felicidade.
(Graciela da Cunha)

POEMA DE AMOR


POEMA DE AMOR

A noite traz consigo
um silêncio cheio
de sons estranhos
e luzes coloridas.

Em meio a essa sinfonia
(de não sei bem o quê)
o vento varre a cidade,
escrevendo,
nas ruas desertas
meu poema de amor.
(Graciela da Cunha)

BRINCADEIRA NO CÉU


BRINCADEIRA NO CÉU

Enquanto o sol brinca
de esconde-esconde
com a lua,
o vento brinca
de pega-pega
com as nuvens.
(Graciela da Cunha)

SAUDADE


SAUDADE

A noite
continua a me premiar
com sonhos,
não os sonhos de crianças,
de heróis e heroínas,
mas sonhos
de uma saudade:
saudade de te amar!
(Graciela da Cunha)

MEU SORRISO


MEU SORRISO

Meu sorriso,
que tinha partido
naquele arco-íris desbotado
de outras épocas,
voltou
com o primeiro raio de sol
desta manhã
de primavera.
(Graciela da Cunha)

PARTINDO


PARTINDO

Quem me dera parar,
escutar o vento,
o tempo, a vida
e ouvir teus passos.
Ver-te chegando
e não te ver partindo.
(Graciela da Cunha)

CONSULTA A ROSA


CONSULTA A ROSA

A rosa fala bem pouco.
A rosa nunca foi muda!
Vive a falar com você,
mas meu amigo, não se iluda:
“Somente ouve a rosa quem crê!”

Existe tanta gente triste
vivendo infeliz
só porque não busca na rosa
o que ela tem a dizer.

A rosa nasce do chão
com um recado no centro,
onde Deus, em saudação,
diz: “Bom dia! Eis-me aqui dentro”!

O sorriso de uma rosa
manifesta no seu pensamento,
no perfume do amor,
num sorriso que se resume.

Se ninguém a compreender
na solidão angustiante,
Por que não
CONSULTA UMA ROSA?
(Graciela da Cunha)

SORRIA


SORRIA

Sorria até sem carinhos!
Até no meio das dores!
Pois quem sorri entre espinhos,
ao menos cobre-os de flores.
(Graciela da Cunha)

ROSAS DO CORAÇÃO


ROSAS DO CORAÇÃO

Com muito sentimento,
rosas do meu pensamento
são enfeitadas com a beleza
e um perfeito colorido
das rosas da natureza.

No fim tudo se resume
num poema entretido
de amor, que é o fino
perfume das rosas do coração.
(Graciela da Cunha)

MEU RUMO


MEU RUMO

De degrau em degrau
procuro encontrar meu rumo,
meu lugar no espaço
para realizar-me plenamente.

Passo a passo
vou em frente,
por vezes vacilo,
mas me recomponho
e vou avante!

E assim
vou em minha caminhada
procurando encontrar meu rumo,
o meu lugar no espaço,
para poder me realizar
de degrau em degrau.
(Graciela da Cunha)

NOVO HORIZONTE


NOVO HORIZONTE

Em cada mudança,
em cada ruptura,
em cada revolução.
trago no meu bojo;
o novo horizonte,
o novo olhar ao mundo,
a distinguir, a descortinar
as variantes da nova melodia.
Não estamos destinados
à decadência, nem mesmo
nas ilimitadas variantes.
(Graciela da Cunha)

CHUVA


CHUVA

Benéfica
chuva pura
caindo sobre
a relva.
Excita minha alma,
acalenta-me,
acaricia-me.
Indulgente,
cristalina,
transparente,
brotando rigorosa,
caindo do infinito,
refrigerando
a terra
da morbidez algoz...
(Graciela da Cunha)

TEMPO


TEMPO

Vamos escutar o tempo
por vezes misterioso.
Vamos escutar
a chuva, a garoa,
os pássaros, o vento,
as flores, as nuvens,
o céu, as estrelas;
apreciar as paisagens
superabundantes.
Nada acontece por acaso!
Nada acontece em vão!
A vida em suas múltiplas
diversidades
escuta o tempo que
chega inexorável,
estanca essa inexplicável
presa incontida.
Dá um tempo e contempla
o que te rodeia e te envolve.
Contempla as coisas mais
simples e belas que estão
ao alcance de teus olhos.
Impede essa presa
e observa tudo!
(Graciela da Cunha)

PÔR-DO-SOL


PÔR-DO-SOL

Final da tarde.
Um pôr-do-sol,
vermelho sangue,
despertando-me o olhar
ao horizonte
para um espetáculo
da natureza sem igual.
(Graciela da Cunha)

A BRISA


A BRISA

A brisa
suaviza
meu sorriso.

Desliza
a brisa certeira
despertando
a paixão.

A brisa
que canto
encanta-me.
(Graciela da Cunha)

AMAR-TE LIVREMENTE


AMAR-TE LIVREMENTE

Queria estar
contigo nesta
primavera!

Passear pelos jardins
de mãos dadas
escutando o som
da natureza.

O que mais queria
era poder te amar
em muitas primaveras.

Amar-te livremente,
deitados na relva orvalhada,
desfrutando plenamente
o nosso amor (sem pressa)

abraçados no suave aconchego,
nos doces prazeres, nas volúpias
de corpo a alma, no tapete
verde da natureza.
(Graciela da Cunha)

CARA E A CORAGEM


CARA E A CORAGEM

Desafio o mar (vida) aberto.
Enfrento as marés,
o sol, a chuva.
Com a cara e a coragem
sigo assim minha sorte
sobrepujando os perigos.
É minha sina desafiar
altaneiramente a vida
e assim, sigo em frente,
Seguindo minha viagem
entre as ondas traiçoeiras
- com cara e coragem -.
(Graciela da Cunha)

PASSEIO


PASSEIO

Pelas ruas ermas e escuras,
entre poças d’água, divago
a procura de um facho de luz
para ter minha alegria de volta
e deixar a noite invernal,
despudorada e faceira,
explicitando o caos de
minha alma!
(Graciela da Cunha)

O POEMA


O POEMA

O poema traz:
o grito da rebeldia,
a chama da paixão,
a revolta louca,
a solidão, a utopia,
a luta, o amor,
o desamor, a tristeza,
a alegria. A esperança
nasce num poema, reafirmando
seu compromisso como o real.
(Graciela da Cunha)

TRILHAS TRAÇADAS


TRILHAS TRAÇADAS

Quantas amizades
conquistadas!
Quantos amores
coroaram minha vida!
As lutas vencidas
nos embates,
as sementes plantadas
e colhidas,
as raízes fortes...
Que meu lastro enfeixa,
foram conquistas
palmilhadas pelas
trilhas traçadas.
(Graciela da Cunha)

DESAMOR


DESAMOR

Não consegui
superar o trauma
do desamor.
Fui nocauteada!
Meus sonhos naufragaram.
Nauta à deriva,
num mar inclemente.
Com o peito cheio
de cicatrizes
faz tanto tempo,
mas mesmo assim
não me recobrei do
desamor.
(Graciela da Cunha)

ABANDONO


ABANDONO

Coloquei nossa música preferida
para que o acompanhasse
em seu voo de despedida.
Você sabia que iria embora.
Eu não acreditava,
em sua partida,
para mim nosso amor
era indestrutível!
(Graciela da Cunha)

MEU DESTINO


MEU DESTINO

Nasci para a vida!
Nasci para lutar!
Trilhei caminhos!
Cruzei fronteiras!
Subi montanhas!
Aprendi com o vento,
com o furor das tempestades.
Tropecei no meio do caminho
E perdi a direção.

Vi as coisas belas
se afastando de mim
Chorei.
Voei pelos campos.
Vesti minhas dores.
Ganhei amores.

Escuto o gemido das ondas
na praia deserta.
Busco outro caminho
correndo atrás de tudo aquilo
que foi pedido.

Sou forte!
Não ando com a morte!
Tenho que voltar,
pegar novamente meu rumo
para que se cumpra
meu destino do amor.
(Graciela da Cunha)

NENHUM LUGAR...


NENHUM LUGAR...

Para cada momento
um pensamento,
um sonho.
Para cada atitude
um poema diferente.
Muitas encruzilhadas
nos caminhos trilhados
e os rumos a serem tomados
para nenhum lugar
chegar...
(Graciela da Cunha)