sexta-feira, 21 de agosto de 2009

DELÍRIO


DELÍRIO

O sol já ocultado;
a lua começava a mirar-se nas águas;
a impaciência atormentava-me.
Nuvens se amontoavam no céu da felicidade,
como se presente a amêndoa amarga ao
âmago do mais saboroso fruto.
Pobre alma, destinada a arrancar
de si todas as suas esperanças,
como um cisne se despoja
de suas penas uma a uma!
Que delírio!
Só os que amam possuem
essas naturezas duplas:
a própria e a do objeto amado.
(Graciela da Cunha)
25/07/09

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Graciela da Cunha