segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

FLORBELA ESPANCA




Poetas

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
(Florbela Espanca)

Tornou-se eterna essa grande poeta, suas palavras dobraram o tempo…
78 anos sem você e ainda estás aqui e aqui ficará para sempre….
Florbela encerra seu Diário do Último Ano de 1930 com a seguinte frase: “… e não haver gestos novos nem palavras novas.” Suicida-se no dia de seu aniversário em 8 de dezembro.

Um comentário:

Obrigada por sua visita e volte sempre!!
Me alegra
Graciela da Cunha