domingo, 22 de novembro de 2009

LIBERTO-ME


LIBERTO-ME

Liberto-me do casulo
e da crisálida pela qual
sofri metamorfose e
maturação. Deixo a
minha gaveta de coisas.
Encorajo-me, olho-me no espelho.
Preciso me familiarizar com as
formas que me estabelecem limites.
Escorregadia e camaleoa têm
suas vantagens. O instinto de adaptar-me
em qualquer ambiente para não sofrer
a hostilidade dos predadores já esta
em mim ativado. As facetas aparentemente
em harmonia. É uma displicência quase fatídica.
Intenso é meu fascínio pela vida.
Avanço à frente em passos largos.
Incrível sensação de desprendimento e leveza.
A nudez é contagiosa, preciso novamente
despir-me das mágoas. Cada maledicência,
cada critica, cada julgamento injusto me
fazem rir agora. Depois até me comovo.
Compaixão e riso, eis meu tributo aos
hipócritas! Avante mulher!
Viver, apesar de doer, tem os seus
momentos e suas nuances de gozo.
Um sentido de prazer próprio dos deuses.
Curvar-me ante à verdade da vida para
que ela demonstre sua face.
(Graciela da Cunha)

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Graciela da Cunha