domingo, 22 de novembro de 2009

QUE SOLIDÃO


QUE SOLIDÃO

Ah, que mão! Que faísca!
Que sopro poriam em comoção
o vulcão que dorme em meu peito?!
Quem me viria despertar?
Quem deveria descobrir sob
o peso de suas próprias cinzas?!

Ai de mim! Que solidão!
Jamais minhas mãos
apertariam uma a outra.

Jamais seria permitido contemplar,
a não ser de longe, como se dá
com as estrelas, o fulgor de um olhar.
Jamais hálito algum viria
confundir com meu.
(Graciela da Cunha)

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Graciela da Cunha