quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ESTRANHAMENTE


ESTRANHAMENTE

Emurchecia qual flor transplantada,
e empalidecia como se aquele solo
fosse bastante ardente
para aquecer meu sangue,
e dar vida e movimento a todo meu ser.
Vivia estranhamente!
Era como se a raiz que
alimentava meu coração
houvesse sido arrancada para longe,
e com dificuldade apenas alimentada pelo
influxo de uma esperança e uma recordação.
Onde vos ocultais, oh!
Tudo fugiu com ele. Por que não era
permitido ao meu desejo abrir as asas,
rasgar o espaço e cair num rápido vôo
de águia no único ponto da terra
onde a própria morte seria um
dom inestimável?
Para onde fostes, noites cujas sombras
me envolviam na misteriosa ventura,
que nos momentos de calma,
só a noite feliz existia
que avinha do porvir.
(Graciela da Cunha)
27/07/09

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Graciela da Cunha